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sexta-feira, 15 de maio de 2009



Oração


"Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á." Lucas 11:9-10


ALGUMA VEZ VOCÊ OUVIU UMA CONVERSA PARTICULAR? Nestes estudos, vamos ouvir mensagens urgentes enviadas da linha de frente até Deus, em Seu quartel-general celeste, enquanto grandes santos lutavam contra as forças do mal. Jesus, o maior combatente da oração, mostrou quando, como e sobre o que orar. Em um mundo hostil, separado da glória do Céu e da adoração dos anjos, Ele suportou solidão e tortura mental. Porém, Sua fonte de poder, como veremos, era a comunicação com a Sede.
O que é oração? É "a respiração da alma", "é a chave nas mãos da fé para abrir o celeiro do Céu, onde se acham armazenados os ilimitados recursos da Onipotência," e "é o abrir do coração a Deus como a um amigo". "Nossas orações terão a forma de uma conversa com Deus, como se falássemos com um amigo. Ele nos falará pessoalmente de Seus mistérios. Freqüentemente advir-nos-á um senso agradável e alegre da presença de Jesus. O coração arderá muitas vezes em nós, quando Ele Se achegar para comungar conosco, como o fazia com Enoque".
Ao estudar este tema, pergunte a si mesmo o que a oração fez por você.
A Vida de Oração de Jesus - Lucas 3:21 e 22
1. Lucas 3:21 e 22 diz que Jesus orou no princípio de Seu ministério público. O que Ele incluiu nessa oração? Que resposta Ele recebeu?
Os Evangelhos mostram Jesus orando em cada fase de Sua jornada para a cruz. Vamos caminhar com Ele por cada uma dessas fases para ver como a oração O encorajou e para aprender como Ele pode fazer o mesmo por nós.
Vida de oração de Jesus
Oração em geral
Lucas 5:15 e 16; Marcos 1:35
Lucas 9:18
Lucas 9:28-31
João 17:1-26
A mais longa oração de Jesus registrada na Bíblia, Sua oração em João 17, conclui a instrução que Ele deu aos discípulos no Cenáculo e no Getsêmani. Alguns dizem que este é o capítulo mais profundo da Bíblia.
"Na abertura de Sua oração (v. 1) e três vezes mais tarde (vs. 5, 21 e 24) Cristo chama Deus de Pai. ...
"E esse nome dá a atmosfera de toda a oração. Ouvindo, aprendemos como a oração é natural, com que simplicidade podemos voltar-nos a Deus, certos de Seu interesse em nós e de Sua amorosa bondade para conosco; na garantia feliz de que Ele certamente fará por nós tudo o que o próprio Deus pode fazer, e isso, alegremente e de boa vontade. Cristo falava com Deus face a face, como um homem com seu amigo, como um filho com seu pai, reverente e humildemente".
Pedro, Eu Orei Por Você - Lucas 22:31, 32 e 40-46; 23:34
É quinta-feira à noite, poucas horas antes da prisão e do julgamento de Jesus. Jesus está comendo a Páscoa com Seus discípulos. Ele os adverte que um deles deverá traí-Lo e que todos O abandonariam (Lucas 22:14-62).
Que mensagem especial Jesus tinha para Pedro? Lucas 22:31 e 32
Considerando a força do grego original, podemos dizer que Satanás exige ter cada um de nós. Ele perdeu o Céu e a vida eterna para ganhar este mundo, e luta para iludir cada um de nós e firmar-nos em suas garras. Jesus, porém, contesta essa reivindicação. Ele ganhou o direito de salvar a todos (João 1:29; Rom. 5:18). Ele orou ardentemente por Pedro (Lucas 22:31 e 32). Essas orações deram coragem a Pedro para enfrentar o momento mais escuro de sua vida.
Em seguida, nossa viagem nos leva a testemunhar Jesus orando no Jardim do Getsêmani. Leia Lucas 22:39-44. Uma vez mais, apesar de grande angústia, nós O ouvimos chamar Deus de Pai, indicando que, apesar de o restante de Sua jornada ocorrer em meio a grande tumulto, Ele ainda confia no plano divino.
A oração de Jesus em Lucas 22 assinala o risco que às vezes corremos quando oramos. Se realmente formos sinceros quando orarmos "contudo, não seja feita a Minha vontade, mas a Tua" (v. 42, NVI), devemos estar prontos para beber o cálice que Ele coloca em nossas mãos, mesmo que seja amargo. Lembre-se, porém, de que da mesma maneira como Deus enviou um anjo, "não... para tomar-Lhe o cálice das mãos, mas para fortalecê-Lo a fim de que o bebesse", assim Ele nos fortalecerá.
A vida de oração de Jesus seguiu um padrão que todos podemos seguir. Ele enfrentou antecipadamente cada crise com oração. Antes de avançar para encontrar Seus inimigos ou para enfrentar um julgamento injusto, humilhação, tortura e morte, Ele travou a batalha em oração. Então, Ele estava capacitado a avançar calmamente como um vencedor para enfrentar Seus inimigos.
Por que podemos dizer que a oração de Jesus em Lucas 23:34 expressa a essência do cristianismo?
"Ensina-nos a Orar" - Lucas 11:1-4
Os discípulos de Jesus ficavam profundamente impressionados quando O observavam interceder com Deus antes de atender às multidões diariamente. Eles queriam ter o mesmo tipo de relacionamento com Deus. Então, pediram: "Senhor, ensina-nos a orar". Jesus atendeu ensinando-lhes a "Oração do Senhor". Leia Lucas 11:2-4.
A Oração do Senhor tem duas partes: a primeira trata da glória de Deus, a segunda, das necessidades humanas. Cada seção tem três partes. As primeiras três são petições no interesse de Deus, de Seu reino, e de Sua vontade. As três seguintes são pedidos de alimento, perdão e proteção.
"Santificado seja o Teu nome." Embora possamos ter familiaridade com Deus como um filho com seu pai, devemos sempre colocar-nos em reverência perante Sua assombrosa majestade. Os seres que estão mais próximos ao trono no Céu inclinam sua face diante dEle (Apoc. 19:4).
"Venha o Teu reino. Faça-se a Tua vontade, assim na Terra como no Céu". Devemos ter pressa pelo fim do reino do mal, quando Jesus será Rei dos reis e Senhor dos senhores e assumirá Seu grande poder para reinar (Apoc. 11:15-17). "Seja feita Tua vontade" significa primeiro que a vontade de Deus se tornará a nossa, e segundo, que nosso mundo torturado se tornará sujeito à Sua vontade.
"Dá-nos Hoje" - Mat. 6:11-13
A segunda metade da oração-modelo de Jesus enfatiza nossas necessidades. O que significa "o pão nosso de cada dia"? Mat. 6:11
Este pedido é muito adequado a regiões do mundo onde a tarefa de fornecer comida a uma família faminta é uma luta constante. Nosso Pai ouve esses pedidos de ajuda. E os cristãos podem ajudar a atender a essas orações.
"Pão de cada dia" inclui todas as nossas necessidades humanas, especialmente uma provisão diária de pão espiritual (João 6:35).
6. Que outro pedido devemos fazer ao Senhor enquanto oramos? Mat. 6:12; Lucas 11:4
Este pedido baseia-se na tradição de perdoar as dívidas durante o ano sabático (Deut. 15:1 e 2). O ano sabático de libertação é um tipo do "ano aceitável do Senhor" (Lucas 4:18 e 19), quando Jesus, por Sua graça, nos liberta das dívidas, concedendo o perdão dos pecados. Aqueles que estavam esmagados pela opressão da dívida conhecem a alegria da libertação. Devemos experimentar o mesmo alívio e gratidão quando Jesus perdoa nossos pecados.
Em Mateus 18:23-35, Jesus declarou que é uma ofensa criminosa reter o perdão de um semelhante. A indisposição para perdoar – o ressentimento, o ódio, uma atitude vingativa – envenena a pessoa que abriga, amargurando as fontes da vida e trazendo doença mental e física. Por nosso próprio interesse, bem como pelo do ofensor, devemos perdoar.
Os Princípios de Oração de Jesus - Lucas 11:5-13; 18:1-14
Lucas 11:9. O grego enfatiza a perseverança na oração. "Continue pedindo", "continue buscando", "continue batendo", e seu Vizinho divino abrirá a porta e lhe dará o que você precisa.
"As pessoas às vezes podem pensar em Deus como Alguém que preferiria não ser aborrecido pelas pessoas, mas Seu verdadeiro caráter como um Pai solícito, amoroso e generoso está claramente demonstrado nos vs. 9-13. A relutância do amigo em levantar-se e prover o que era necessário de maneira alguma representa a Deus. ..
"Nosso Salvador identificou-Se com nossas necessidades e fraquezas, tornando-Se um suplicante, um solicitador junto de Seu Pai, para buscar dEle novos suprimentos de força, a fim de que pudesse sair revigorado para os deveres e provações. Ele é nosso exemplo em todas as coisas. É um irmão em nossas fraquezas, pois ‘como nós, em tudo foi tentado’ (Heb. 4:15); mas, sem pecado como era, Sua natureza recuava do mal; suportou lutas e agonias de alma num mundo de pecado. Sua humanidade tornou-Lhe a oração uma necessidade, e privilégio. Encontrava conforto e alegria na comunhão com o Pai. E se o Salvador dos homens, o Filho de Deus, sentia a necessidade de orar, quanto mais devemos nós, débeis e pecaminosos mortais que somos, sentir a necessidade de fervente e constante oração!" – (Caminho a Cristo).
A oração é a linha de força entre a Terra e o Céu, ligando-nos à mente e ao poder de Deus e nos permite comunicar-nos com Ele como com um amigo. Mediante constante ligação com Ele, podemos superar provações, vencer tentações e repartir as bênçãos do Céu com outros.

quinta-feira, 14 de maio de 2009


Consagração


Após termos nascido de novo, existe ainda muita coisa para Deus operar em nossa vida, e existe também muita coisa que nós podemos fazer para Deus. Mas para isso é preciso uma total entrega da nossa vida para Ele. Precisamos permitir que Ele faça o Seu trabalho em nós, precisamos permitir que Ele nos use e nos guie no decorrer da estrada que se estende à nossa frente. Tudo isso requer consagração da nossa vida. Isto inclui a nossa permissão para que Ele trabalhe em nós, para que Ele nos use e nos dirija em nossos caminhos.

Se quisermos encher um frasco com medicamentos, o processo é extremamente fácil. Seguramos o frasco e introduzimos lá os medicamentos. Mas os que são pais sabem que quando queremos dar algum medicamento a uma criança, temos pela frente uma tarefa difícil. Por vezes temos que exortar, pedir, distrair, prometer alguma recompensa à criança. Se tudo isso não resultar, temos de chamar o irmão mais velho, colocar a criança na cama e todos precisam ajudar a segurar a criança enquanto ela ingere o medicamento.

Meus irmãos, Deus não nos trata como neste exemplo. Quando não queremos que Ele faça o Seu trabalho em nós, Deus espera. Ele é extremamente paciente. Deus espera o nosso consentimento. A nossa consagração é o nosso consentimento.

Por vezes encontramos "nascidos de novo" com cinco ou mais anos, que estão envolvidos nos "trabalhos da Igreja" e que se esforçam para dar o seu melhor. No entanto ainda não conseguiram adquirir os novos valores de "novas criaturas".Este fenómeno é muitas vezes explicado pela falta de entrega total a Deus. Em nenhum momento da sua vida fizeram uma aliança com Deus em que Lhe tenham dito:
Eu quero estar em Tuas mãos, para que Tu operes em mim, por mim e para que Tu me guies no Teu caminho.

Somente na medida que permitirmos que Ele trabalhe em nós é que estamos aptos para trabalhar para Ele. Somente na medida em que formos guiados por Ele é que podemos ser usados por Ele.
O tema da consagração é o tema favorito de muitos pregadores. Mas muitas vezes a ênfase está no homem a oferecer-se a Deus para o ministério – e isso não é totalmente correcto.

1 – A base da consagração


Quando alguma coisa importante é feita por Deus ou pelo homem, a base de tal acto precisa de estar clara. Se Deus exige que nos entreguemos a Ele em que Ele baseia tal exigência? A Bíblia mostra que a questão da consagração é fixado no aspecto da compra. "Não sois de vós mesmos", diz a Palavra, "porque fostes comprados por preço. Agora pois glorificai a Deus no vosso corpo". E em outro lugar se diz: "Porque se vivemos para o Senhor vivemos, se morrermos para o Senhor morremos. Quer pois vivamos ou morramos, somos do Senhor" (Romanos 14:8) A Bíblia diz também que somos "escravos" de Deus. Um escravo é aquele sobre quem o seu senhor tem todos os direitos por tê-lo comprado. O termo "escravo" não é muito agradável, mas todos os que temos experimentado a graça do Senhor, conhecemos a doçura de sermos Seus escravos.
O Senhor comprou-nos por um preço altíssimo e agora nenhum de nós tem direito sobre si mesmo. A autoridade sobre as nossas vidas foi entregue em Suas mãos pelo direito da compra.
Agora no que diz respeito a nós, desde que fomos comprados por Ele, se não nos entregarmos a Ele, estamos a agir como escravos foragidos. Somos como Onésimo (ver Filemon).
A base da verdadeira consagração é de ordem legal. Não é baseada em constrangimento de amor como muitos cristãos pensam. Eles entregam-se ou não a Deus na proporção que sentem ou deixam de sentir o Seu amor. Mas na consagração de Deus, a nossa consagração não é uma questão opcional. Fomos comprados como Seus escravos, e quer gostemos ou não, pertencemos a Deus.


2 – A Força que gera a Consagração


Já dissemos que o amor não é a base da consagração, toDavida o amor é a força que a gera. Existiam escravos que percebiam que a autoridade sobre a sua vida estava na mão dos seus senhores, e cerravam os dentes com amargura de alma com o propósito de servi-los. Mas talvez você se lembre do que é dito em Êxodo 21 sobre o escravo que no final de seis anos de serviço, podendo ser um homem livre, declarou: "Eu amo o meu senhor, não quero sair livre." Em consequência disso, o seu senhor o faria chegar à porta e lhe furaria a orelha. Submetendo-se a isso, o escravo na realidade queria dizer: "Por amor a meu senhor, eu quero ser seu escravo para sempre." Esta é a verdadeira consagração!
Consagração tem uma base; consagração também tem uma força geradora: a base é a redenção, e a força geradora é o Seu amor. Há um versículo que diz: "Rogo-vos pois irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus" (Romanos 12:1). E um outro que diz: "O amor de Cristo nos constrange." Mas porque devemos render-nos ao constrangimento do amor? Porque Um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou" (II Coríntios 5:14-15). Todos os que têm uma verdadeira experiência de consagração, têm no mínimo, senão talvez muitas vezes, conhecido o toque do amor de Deus. Sem este toque do Seu amor em nós, a consagração é uma coisa amarga. Ninguém precisa suplicar a alguém que já conhece o amor de Deus, para que ela se entregue a Ele. A entrega é espontânea.


3 – Significado da consagração


Mas afinal qual é o significado da consagração? A Bíblia apresenta-nos uma resposta clara: "Apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo". Quando nos consagramos, isso não significa que nos tornamos pregadores ou pessoas que viçam a trabalhar a tempo integral na obra de Deus, significa sim que nos tornamos um sacrifício. O sacrifício aqui mencionado pelo apóstolo é a oferta queimada que era oferecida como aroma suave para Deus. Era o Seu alimento.
Que é alimento? Alimento humano é aquilo que satisfaz o homem; alimento de Deus é aquilo que satisfaz a Deus. Mas que era essa oferta queimada? O Velho Testamento explica claramente. Precisava de ser um boi que normalmente lavrava o campo ou puxava um carro, mas um dia esse boi era transferido da sua actividade original para um ambiente totalmente diferente. Ele era morto, esfolado, lavado, cortado em pedaços, colocado no altar, e se fosse aceite por Deus, um fogo o consumiria até se transformar em cinzas. Cinzas – esta é a última coisa a que qualquer coisa pode ser reduzida, é o fim de tudo. Mas repare que era quando o boi estava completamente reduzido a cinzas no altar, que ele subia até Deus como aroma suave e dava satisfação ao Seu coração.
Examine a história da Igreja e veja quantos há que antes de experimentarem o impacto do amor de Deus, eram como poderosos bois lá fora no mundo, lavrando grandes campos ou puxando grandes carros, mas quando o amor de Deus caiu sobre eles, num instante eles estavam no altar, enquanto que muitos dos seus amigos e familiares lamentavam semelhante "perda". Muitas pessoas com grandes talentos e brilhantes perspectivas têm-se "destruído" no altar de Deus. Para quê? Para dar alimento a Deus, para dar satisfação ao Seu coração.


4 – O Propósito da consagração


Todas as vezes que uma verdadeira consagração é feita ao Senhor, o Seu propósito evidencia-se na vida consagrada a Ele. Aquela vida torna-se activa para Deus. O facto de sermos alguém para Deus, é baseado na oferta de nós mesmos para Ele. Somente aqueles que têm sido reduzidos a nada no altar, podem servi-Lo agradavelmente.


5 – O resultado da consagração


Deixe-me dizer-lhes que o resultado da consagração é que todos os nossos planos são cortados. A verdadeira consagração não só acaba com todos os planos do mundo, mas também acaba com todos os planos cristãos. A consagração será posta à prova pelo mundo cristão e pelo mundo não-cristão. Amados e amadas no Senhor, desejo que se tornem homens e mulheres verdadeiramente úteis nas mãos do Senhor, mas permitam que os alerte para uma grande armadilha que está à frente – a armadilha da fama no mundo cristão.
Examinem-se nestes cinco aspectos e vejam onde ficam na questão da consagração. Espero que sejam fieis para examinar as escrituras, nas quais esta exposição é baseada. No caso de estarem em falta em algum aspecto, podem confiar na graça do Senhor para suprir o que falta.